O que leva um homem ou uma mulher a buscar o adultério e qual sua gravidade?


No Sermão da Montanha, Jesus deixou claro que o adultério cometido por uma pessoa não é somente a realização de um ato sexual com outra pessoa, que não é seu cônjuge. É mais do que isso. Ele condena o adultério de desejo: “Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo: todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração” (Mt 5,27). O sexto mandamento e o Novo Testamento proíbem absolutamente o adultério. Os profetas denunciam sua gravidade. Veem no adultério a figura do pecado de idolatria.

No Sermão da Montanha, Jesus deixou claro que o adultério cometido por uma pessoa não é somente a realização de um ato sexual com outra pessoa, que não é seu cônjuge. É mais do que isso. Ele condena o adultério de desejo: “Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo: todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso já cometeu adultério com ela em seu coração” (Mt 5,27).

Adultério significa infidelidade conjugal. Quando dois parceiros, dos quais ao menos um é casado, estabelecem entre si uma relação sexual, mesmo efêmera, cometem adultério. O sexto mandamento e o Novo Testamento proíbem absolutamente o adultério. Os profetas denunciam sua gravidade. Veem no adultério a figura do pecado de idolatria.

“O adultério é uma injustiça. Quem o comete falta com seus compromissos. Fere o sinal da aliança, que é o vínculo matrimonial; lesa o direito do outro cônjuge e prejudica a instituição do casamento, violando o contrato que o fundamenta. Compromete o bem da geração humana e dos filhos, que têm necessidade da união estável dos pais. (n. 2381).

A gravidade desse ato está no utilitarismo sexual, que resulta no hedonismo e no pecado da concupiscência, que transforma a outra pessoa num objeto de prazer. O adultério de desejo revela um fato no interior da pessoa, ou seja, é desejá-la não como o fim de suas intenções, mas como meio. O adultério no coração acontece, porque a pessoa decidiu, interiormente, utilizar o outro para sua satisfação egoísta.

 

 

Avanço tecnológico

A internet se tornou uma ferramenta fácil para proliferar o sexo virtual e o adultério de coração. Isso começou pelo uso do telefone há bastante tempo; algumas agências até se especializaram em oferecer esse tipo de atividade com moças e rapazes de programa, contratados para isso. Foram os famosos “teles”: telefantasia, tele-erótico, telessexy, telegay… Enfim, telepecado.

A internet superou tudo isso! Primeiro, por causa da privacidade, comodidade e forma anônima com que oferece a fantasia; segundo, porque quase sempre é “gratuita”. A luxúria está globalizada pela internet. Explora-se comercialmente aquilo que é imoral, que atenta contra a dignidade do ser humano, transformando-o em um meio de prazer e lucro.

Tenho recebido e-mails de esposas que se desesperam quando pegam seus maridos vendo sites pornográficos. A tentação é enorme e a facilidade é muito grande. Outros se enveredam pelos “chats” variados e acabam se complicando. Uma forma de adultério virtual é o que acontece com a pornografia oferecida pela internet. Quem busca uma satisfação sexual pela pornografia virtual está cometendo o pecado de adultério de coração, como explicou Jesus.

A atividade sexual virtual pela internet pode se transformar em vício; e o pior de tudo é que, muitas vezes, leva ao pecado da masturbação, fornicação, adultério ou mesmo uma vivência sexual pervertida com o cônjuge. Os “chats” se transformaram, para muitos, em um meio de viver um adultério virtual, “seguro” e barato.

 

 

O Catecismo da Igreja Católica é bem claro ao afirmar:

“A pornografia (…) ofende a castidade, porque desfigura o ato conjugal, doação íntima dos esposos entre si. Atenta gravemente contra a dignidade daqueles que a praticam (atores, comerciantes e público), porque cada um se torna para o outro objeto de um prazer rudimentar e de um proveito ilícito. Mergulha uns e outros na ilusão de um modo artificial. É uma falta grave. As autoridades civis devem impedir a produção e a distribuição de materiais pornográficos” (CIC § 2354).

O que leva um homem ou uma mulher a buscar o adultério de coração pela internet?

Uma das razões pode ser a carência no relacionamento com o cônjuge, a falta de uma harmonia conjugal e, principalmente, sexual. Numa situação dessa, se a pessoa não tem uma vida espiritual forte e permanente, facilmente pode enveredar pelo adultério virtual, pela pornografia e sites de conversas.

Jesus nos deixou a receita básica para vencer qualquer pecado, também o adultério virtual: vigiai e orai. Estar sempre em estado de oração, com a alma sempre ligada a Deus, sempre suplicando ao Senhor o auxílio de Sua graça para não cair na tentação. “Não nos deixeis cair em tentação…”. “Mosca só assenta em prato frio”, então, não deixe sua alma esfriar pela falta de oração, comunhão, meditação da Palavra, oração do terço etc.

Em segundo lugar, é preciso vigiar. Fugir das ocasiões de pecado é uma fuga heroica. Se você não se controla diante da internet e do sexo virtual, então, deixe de acessar a internet em seu computador ou celular, enquanto não aprender a se dominar. Ou, então, diante do computador, reze e prometa a Deus não acessar um site de pornografia ou de relacionamento perigoso por amor a Jesus, que, para salvá-lo, morreu na cruz. Só por amor a Deus podemos deixar de vez o pecado, nunca por medo d’Ele. Escreva sob a tela do monitor do seu computador: “Eu não vou pecar hoje, por amor a Jesus, pois Ele merece isso”.

 

 

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E se eu cair?

Levante-se imediatamente. Não fique nem um minuto na lama do pecado. Peça perdão a Deus e prometa confessar-se tão logo seja possível. Sim, é importante a confissão, para que a graça divina lhe dê o perdão e a força para não voltar ao pecado de adultério virtual. O cristão tem que viver a castidade, porque é lei de Deus; e isso só será possível se fechar as janelas da alma (olhos, ouvidos, boca, nariz e mãos) para tudo o que o excita e traz o pecado para seu interior. Com a graça de Deus e a força de vontade, isso é possível.

Como superar as dores e as consequências do adultério

O amor dos esposos é comparado, por São Paulo, ao amor fiel, indissolúvel e fecundo entre Cristo e a Igreja: “Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Mt 5,25). A quebra da fidelidade conjugal fere e contradiz a união de amor entre Cristo e a Igreja, porque cada casal que se une pelo sacramento do matrimônio sinaliza na terra a união de Deus com os homens, de Cristo com a Igreja.

O adultério é falta grave. Ao falar dele, o Catecismo da Igreja Católica (CIC) diz: “Cristo condena o adultério mesmo de simples desejo” (cf. Mt 5,27-28). O sexto mandamento e o Novo Testamento proscrevem absolutamente o adultério (cf. Mt 5,32; 19,6; Mc 10,11-12; 1Cor 6,9-10). Os profetas denunciam sua gravidade. Vêem no adultério a figura do pecado de idolatria (Os 2,7; Jr 5,7; 13,27)” (CIC §2380).

Fere a instituição do casamento

E mais: o adultério é uma injustiça. Quem o comete falta com seus compromissos e fere o sinal da Aliança, que é o vínculo matrimonial, lesa o direito do outro cônjuge e prejudica a instituição do casamento, violando o contrato que o fundamenta. Compromete o bem da geração humana e dos filhos que têm necessidade da união estável dos pais (CIC §2381).

Aqui, a Igreja explica bem todo o perigo do adultério; ele fragiliza a aliança matrimonial e põe em risco a estabilidade do lar e a felicidade dos filhos. Por essa razão, o cristão deve lutar com todas as forças contra esse mal. Não se pode brincar com esse perigo, porque se pode nele perecer.

Infelizmente, hoje, há muitas forças tenebrosas que empurram as pessoas para o adultério, uma sexualidade cada vez mais acintosa e provocante, especialmente pela internet, televisão, filmes, revistas. Por outro lado, os problemas conjugais, as inseguranças e carências dos cônjuges, criam circunstâncias perigosas que, muitas vezes, empurram alguns para a falta do adultério.

O adultério não deve ser motivo de separação

Há o caso do adultério ocasional, cometido uma vez por fraqueza humana, falta de vigilância e oração; e há também aquele adultério repetido, assumido, consumado, que é muito mais grave e difícil de ser superado. Ambos, sem dúvida, caracterizam falta grave e jamais podem ser justificados. No entanto, o adultério não deve ser automaticamente um motivo de separação do casal. Não. Sempre é possível uma mudança de vida, o arrependimento, o pedido de perdão ao cônjuge ferido e a retomada da fidelidade. Especialmente o sacramento da confissão pode apagar toda culpa e lavar os corações da mancha do pecado. O casal cristão deve analisar, com paciência e coragem, essa recuperação e reconciliação pelo bem deles mesmos e pelo bem dos filhos.

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O Código de Direito Canônico diz no Cânon 1152: “Embora se recomende vivamente que o cônjuge, movido pela caridade cristã e pela solicitude do bem da família, não negue o perdão ao outro cônjuge adúltero e não interrompa a vida conjugal, se não tiver expressado ou tacitamente perdoado sua culpa, tem o direito de dissolver a convivência conjugal, a não ser que tenha consentido no adultério, tenha-lhe dado causa ou tenha também cometido adultério. Existe perdão tácito se o cônjuge inocente, depois de tomar conhecimento do adultério, continuou espontaneamente a viver com o outro cônjuge com afeto marital; presume-se o perdão, se tiver continuado a convivência por seis meses, sem interpor recurso à autoridade eclesiástica ou civil.

Como vencer essa dor?

A Igreja deixa claro que prefere o perdão para o adúltero, evidentemente se este reconhecer a culpa e estiver arrependido. O cônjuge cristão deve lutar com todas as forças humanas e sobrenaturais da fé para superar essa difícil situação. Precisará unir-se profundamente a Deus e contar com a graça dos sacramentos, especialmente o da Eucaristia e da oração sem cessar (cf. 1Tes 5,16). Para Deus tudo é possível! Muitas vezes, um casal se une ainda com mais amor e maturidade após uma situação de adultério. De forma que este não deve ser a decretação do fim do casamento.

Nesse caso, o cônjuge cristão precisa lutar com tranquilidade e fé, sem deixar que o desespero e o desânimo tomem conta da situação. Nessa hora, é preciso rezar muito, dar tempo ao tempo, esperar com paciência e permanecer fiel a Deus e aos filhos. E também pedir a ajuda de pessoas maduras que possam fazer uma mediação entre os dois. De forma alguma, a parte traída deverá partir para um novo relacionamento, pois isso complica ainda mais a situação e pode impedir a saudável reconciliação do casal. Muitas vezes, um casal se reconcilia depois até de anos de separação. O tempo passa, os sofrimentos, às vezes, se abatem sobre as pessoas e muitas coisas mudam. Deus age quando rezamos.

Sobretudo, o cônjuge cristão ferido pelo adultério deve saber que está em paz com Deus e com sua consciência, enquanto o outro está no pecado e não pode viver em paz. Portanto, deve permanecer em sua missão de esposa fiel, servindo aos filhos com muita atenção e carinho para superar as dores da ausência do companheiro.

Por que houve a traição?

Essa é uma ocasião também para se refletir profundamente as possíveis causas que puderam ter provocado a situação de adultério. Por que o amor do casal arrefeceu? Por que o outro caiu no adultério? Faltou a atenção recíproca, faltou o carinho conjugal, faltou harmonia sexual? Enfim, as causas devem ser analisadas objetivamente para serem removidas, de forma a se possibilitar a reconciliação.

Evidentemente, todo casal deve se precaver para que um dos cônjuges não seja levado ao adultério. A prevenção sempre é a melhor terapia. Para isso, é preciso que o casal alimente a vida espiritual, a vida de oração e sacramental; pois está provado que esses casais normalmente vivem a fidelidade conjugal. Por outro lado, o carinho, a atenção constante com o outro e tudo o que alimenta o amor conjugal deve ser cultivado dia a dia. É muito difícil um casal se manter verdadeiramente fiel um ao outro se faltar para eles a vida espiritual, o cultivo do amor recíproco e um diálogo sempre aberto sobre todos os problemas.

O casal com dificuldades conjugais precisa procurar logo a ajuda de um orientador maduro e capaz de auxiliá-los. Tudo isso é possível e fundamental para o bem da família e do casal.

A felicidade da sociedade depende das famílias e dos casais; por isso, todo esforço é necessário para lutar contra o adultério.

Fonte: https://formacao.cancaonova.com/relacionamento/casamento/adulterio-virtual-um-perigo-para-o-relacionamento/

https://formacao.cancaonova.com/relacionamento/casamento/como-superar-as-dores-e-consequencias-do-adulterio/

 

 

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