O que é Secularização?


Secularização é a palavra usada para expressar a realidade de um mundo que só pensa na vida terrena, no bem estar material, não pensa mais no céu e na eternidade, e que já não tem mais lugar para Deus, como disse o Papa Bento XVI, embora acredite que Ele existe.

Até mesmo muitos católicos que fazem caridade, vão à missa, trabalham pela solidariedade humana, já não pensam mais na vida eterna; não se importam se existe o céu, inferno ou purgatório. Esqueceram-se do que disse Santo Agostinho: “Que me importa viver bem se não posso viver para sempre”. Ou o que Jesus disse: “De que vale o homem ganhar o mundo se vier a perder a sua alma”.

João Paulo II disse certa vez que o homem de hoje vive como se Deus não existisse. Por isso há católicos estranhos que pensam que podem continuar católicos mesmo discordando da Igreja.

O Cardeal Müller disse em uma entrevista à rede espanhola COPE publicada pela Agência de notícias Europa Press, que “Não podemos perder a coragem de anunciar o Evangelho hoje porque nós sabemos muito melhor que todos estes políticos da linha do laicismo, desta ideologia ateia, sabemos muito melhor o que é necessário para todos os homens”. Disse que “a mentalidade “secularizada” não pode dar uma resposta adequada aos sofrimentos dos homens, aos seus problemas existenciais, ao que há depois da morte, nem à forma de construir uma sociedade fundamentada nos valores da justiça social e a dignidade humana”.

Muitos confundem um estado laico, que não professa uma fé específica, com um estado laicista que quer impedir a fé de ser vivida livremente por todos. De modo especial a fé católica tem sido perseguida e desvalorizada. Por isso o Papa Bento XVI disse que os católicos de verdade devem estar preparados para enfrentar o “martírio da ridicularização”, da zombaria e da perseguição.

Dom Müller disse ainda que as polêmicas sobre a Igreja são “inúteis” e que é preciso concentrar-se não no “superficial” mas “nas grandes pergunta existenciais dos homens que vivem hoje no mundo”.Também destacou que é necessário “um anúncio de esperança” e que a Igreja dá esperança a todos os homens. Mostrou que a fé católica “não é um irracionalismo” pois “existe uma conexão entre razão e fé”, e que “para apresentar o Evangelho como força que dá vida, é necessário sublinhar a intelectualidade, a racionalidade da fé” mas também “expressar a direção da razão dos homens para a fé, até o encontro com Deus”. O Papa João Paulo II já tinha dito na “Fides et Ratio” que a fé e a razão são as duas asas com as quais o homem alça voo para contemplar a verdade”. Sem a fé a razão cai no racionalismo ateu; sem a razão a fé se torna fanatismo.

Dom Müller destacou que as universidades são “absolutamente importantes” e recordou que são “fundações da Igreja” na história do cristianismo europeu. Foi a Igreja quem fundou as primeiras universidades do Ocidente: Bolonha, Oxford, Cambridge, Sorbonne, La Sapienza, Montpellier, Coimbra, Valladollid, Compostela, etc.

Seguindo o pedido do cardeal Prefeito da Congregação da fé, cada católico deve estar preparado hoje, mais do que nunca, para defender a fé católica apresentando, como disse São Pedro, “as razões da nossa esperança” (1Pe 3,15). Para isso é preciso conhecer a doutrina católica tão bem apresentada no Catecismo da Igreja, bem como a História da Igreja, tão deturpada e tão mal interpretada em muitas salas de aula.

Prof. Felipe Aquino

Fonte: https://cleofas.com.br/ter-coragem-diante-da-secularizacao/

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